A força do associativismo…

20 de janeiro de 2016 - Atualizado em: 10 de maio de 2017
Por: admin

Comprometimento individual a um esforço conjunto, isso é o que faz um time funcionar, uma empresa funcionar, uma sociedade funcionar, uma civilização funcionar -(Vince Lombardi)

Associativismo é um modelo, ou movimento socioeconômico cuja finalidade é unir interesses para o desenvolvimento econômico e o bem-estar social dos participantes e da sociedade. Muito bem, se temos um modelo com tão poderosa força, comprovada por todas as partes do mundo onde é amplamente utilizado, capaz de gerar o que de forma simples e direta é o objetivo da maior parte das pessoas que formam a massa economicamente ativa do mundo, porque não explorá-la de forma inteligente e massiva em nossa cidade, num momento em que o crescimento não depende mais de forças políticas, mas a organização e o direcionamento deste crescimento depende de medidas inteligentes, eficientes e de interesses realmente públicos, que irão influenciar a vida das pessoas e das empresas que escolheram a anos, ou estão escolhendo nossa cidade para viver e desenvolver.

Em nossa trajetória profissional, temos observado diversos modelos de associativismo que vão se formando em consequência de necessidades especificas de grupos econômicos ou pessoas com interesses comuns, cuja força individual não é suficiente para traspor forças políticas, econômicas ou sociais contrárias que em parte sejam injustas ou até arbitrárias, ou simplesmente pela necessidade de implementação de ações inexistentes, mas extremamente necessárias ao desenvolvimento de certas classes e grupos sociais ou econômicos específicos.

De um modo geral esses grupos se formam ou se fortalecem na medida em que este ou aqueles membros atravessam dificuldades para resolverem suas demandas. A questão que quero levantar aqui é com relação exatamente a este aspecto das associações. A reflexão que pretendo gerar, é com relação a maneira ainda pouco inteligente com que uma das mais importantes associações de nossa cidade a ACIN vem sendo utilizada, pela não ampla adesão de empresas e profissionais que poderiam estar contribuindo e potencializando a força desta significativa instituição.

Comparo a questão das empresas quanto a participação associativa em nossa cidade, ao que ocorre com filhos maus orientados em relação a certas coisas da vida, pois os mesmos sentem-se donos do próprio nariz, independentes, seguros de si, até que surgem as dificuldades, quando só então recorrem aos pais em busca das providencias que deverão tirá-los dos apuros, e com o agravante de que se os pais não resolverem seus problemas ainda serão considerados incompetentes. E assim somos vistos muitas vezes por “empresários” não associados, mas com sentimento de direito de reclamarem ou cobrarem certas providencias.

A questão é que assim como os filhos integrados a cultura da boa família, as empresas associadas, integradas e participativas, tem suas demandas mais sutilmente atendidas e problemas minimizados, porque o volume de informações que circula dentro de uma associação e em tempo hábil é imenso, onde os perigos e dificuldades iminentes, são discutidos e o empenho em resolvê-las é potencializado pela força política (apartidária) que o grupo unido consegue ter.

A ACIN – Associação Empresarial de Navegantes, é um elo central de ligação que dia após dia, através do trabalho incansável, da participação democrática, solidária, autônoma, dirigida voluntariamente por pessoas movidas pelos interesses e bem estar coletivo, buscam por outros novos elos que fortaleçam e potencializem ainda mais essa força e ampliem o campo de ação.

Mesmo sem contar com adesão, apoio e participação de parte das empresas e empresários de nossa cidade, a ACIN tem conseguido implementar inúmeros projetos que visam ampliar o uso do direito que nós, empresários e cidadão temos, mas que individualmente muitas vezes não temos força para usufruir, como por exemplo, a evolução na questão da segurança pública com a iniciativa da implantação do projeto Pacto pela Segurança que está em franca atividade e com apoio de importantes entidades, como ministério público, igrejas, polícia militar, polícia civil, câmara de vereadores, secretaria de segurança municipal, e estamos apenas começando com a criação do COMAD – Conselho Municipal Anti Drogas que passa a nos dar condição jurídica de levantar, apontar e cobrar as deficiências deste setor, pois sobre forte participação da nossa associação, foi composto por um conjunto de pessoas realmente envolvido e comprometidos com as questões relativas ao tema. Tivemos a criação do Observatório Social, que terá papel fundamental na fiscalização do emprego dos recursos públicos.

Participação nos conselhos municipais e audiências públicas de forma proativa e as vezes contundente quando visando os interesses da sociedade.

Tivemos e continuaremos tendo grande participação nas questões relacionadas a bacia de evolução que contrariando aos nossos esforços não trará mais na integridade todos os benefícios que traria inicialmente a nossa cidade, tiramos de “debaixo do tapete” a questão da ampliação do aeroporto, organizamos grupos de debates com prefeitos e ACIs de cidades vizinhas, e vamos continuar nesta luta até alcançarmos nosso objetivo, participamos de forma proativa das campanhas pela duplicação da BR 470 assim como continuamos participando pela implantação da ferrovia da integração na nossa região, criamos diversas discursões e cobranças sobre políticas para resolver problemas com abastecimento de água e saneamento, turismo, cobrança de impostos e taxas, em nossa cidade, cobrança junto ao executivo para participação na elaboração do novo plano diretor, entre muitos outros sem mencionar todos os serviços e convênios que a Associação Empresarial oferece aos seus associados.

Finalizando, imagino que deva estar se perguntando, onde estou querendo chegar com toda essa informação? E eu respondo, estou querendo chegar a sua consciência enquanto empresário e/ou cidadão, de que a sua ativa participação é fundamental, que precisamos incentivar o associativismo em nossa cidade, estou querendo chegar na questão de que é papel de cada empresário participar de forma verdadeiramente ativa, exercendo as suas responsabilidades e os seus direitos , quero ratificar dizendo que empresário em Navegantes assim como em qualquer outro lugar do mundo, tem obrigações coletivas, obrigações sociais e demandas individuais, e essas questões podem, devem e precisam ser tratadas dentro do ambiente da associação, porque este é um modelo moderno, que com a sua participação se torna mais eficiente, e desta forma podemos ampliar nossas forças para construir uma sociedade melhor, mais justa e mais evoluída social e economicamente.

Ou nos juntamos de forma amplamente organizada, ou vamos continuar na “vidinha hipócrita” reclamando da sorte e das coisas erradas, guardando para si próprio uma boa proposta para solução de grandes problemas. Quem não contribui de alguma forma com uma sociedade, não tem o direito de criticá-la e não merece explorá-la nem fazer parte dela!

Rinaldo Luiz de Araújo

Presidente da ACIN – Gestão 2015/2016

Categoria: Palavra do Presidente