Do pioneirismo à primeira colocação em eficiência na movimentação de contêineres no Brasil, o terminal portuário celebra conquistas que transformam o setor portuário e impulsiona o desenvolvimento da região

O primeiro terminal portuário privado de contêineres do Brasil completou, nesta terça-feira (21/10), 18 anos de uma história marcada por inovação, eficiência e impacto positivo. Localizada no litoral norte de Santa Catarina, desde o início de suas operações, em 2007, a Portonave se consolidou como referência nacional em modelo de negócio privado , inspirou o desenvolvimento de outros terminais portuários e contribuiu para a modernização da logística portuária no país.

Com mais de 14 milhões de contêineres de vinte pés (TEUs) movimentados e mais de 10 mil escalas de navios realizadas ao longo desses anos, a empresa reafirma seu papel estratégico no comércio exterior. São cerca de 1,2 milhão de TEUs movimentados anualmente . Em 2024, a empresa teve 48% de participação de mercado em Santa Catarina e 13% em nível nacional .

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a Portonave lidera o ranking de eficiência entre os terminais portuários brasileiros, com 118 movimentos por hora (MPH) durante as operações de navios atracados. Com 1,3 mil fucnionários diretos e 5,5 mil indiretos , a empresa está entre os cinco portos que mais movimentam contêineres cheios de longo curso do país.

No acesso terrestre, a agilidade também é destaque: cerca de 2 mil caminhões circulam diariamente pelo terminal , com tempo médio de permanência de apenas 26 minutos. Entre janeiro e setembro de 2025, foram registrados mais de 300 mil acessos .

O impacto do Terminal Portuário vai além dos números. Desde o início das operações, Navegantes passou por uma transformação. Em 2006, o município contava com cerca de 50 mil habitantes. Hoje, são mais de 93 mil moradores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

E o crescimento econômico acompanha essa evolução. Atualmente, Navegantes ocupa a 15ª posição no PIB de Santa Catarina, com R$ 6,1 bilhões — um salto de oito posições desde a instalação da Portonave. Na arrecadação de Imposto Sobre Serviços (ISS), R$ 37 milhões foram repassados à Prefeitura no último ano, representando 42% da arrecadação municipal . Tais indicadores revelam mais do que desempenho: expressam a força propulsora da Portonave na cidade que a acolheu.

Tecnologia e inovação que elevam padrões

Com foco na modernização da infraestrutura, iniciou-se em 2024, a obra de adequação do cais — um investimento 100% privado de R$ 1 bilhão . O projeto permitirá o recebimento dos maiores navios em operação no mundo e a instalação de estrutura para a implementação do shore power, tecnologia inédita em território nacional que viabilizará o fornecimento de energia elétrica às embarcações atracadas, contribuindo para a redução das emissões de gases poluentes.

A busca por inovação é constante. Neste ano, o Terminal adquiriu uma Reach Stacker 100% elétrica — a primeira do tipo no país — utilizada na movimentação de contêineres, além de dois novos scanners para inspeção de cargas, ampliando a segurança das operações e da comunidade. Para o próximo ano, estão previstas a chegada de dois guindastes Ship-to-Shore (STS Cranes), destinados ao embarque e desembarque de contêineres nos navios, e 14 guindastes Rubber Tyred Gantry (RTG), que realizam a movimentação no pátio.

Outro diferencial que destaca a Portonave, é o fato de ser a única entre os Terminais Portuários do Brasil a contar com uma câmara frigorífica dedicada à armazenagem de produtos. A Iceport ocupa uma área de 50 mil m² e possui capacidade estática para 16 mil posições pallets e conta com uma antecâmara equipada com 13 docas, garantindo eficiência no recebimento e na expedição de mercadorias.

Excelência ambiental

Mesmo sem exigência legal, a Companhia realiza o monitoramento voluntário das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), desde 2010. Esse cuidado se traduz em ações concretas. Em 2016, um conjunto de 18 guindastes utilizados na movimentação de contêineres foram eletrificados. Os equipamentos deixaram de utilizar geradores a diesel, reduzindo em 93,75% as emissões de GEE associadas à operação. Outro destaque foi a introdução de três empilhadeiras elétricas em 2017, que evitam a emissão de 18 toneladas de carbono equivalente (CO?e) por ano .

A busca por fontes limpas também impulsionou investimentos em energia solar. Desde 2020, foram instaladas 318 placas fotovoltaicas em diferentes áreas do terminal. Até 2024, essa iniciativa evitou a emissão de 10,73 gases poluentes. Para os próximos anos , contratos de compra de energia renovável certificada já garantem a compensação total das emissões do escopo 2 até 2027.

Somando os aportes realizados e os que estão em curso, ao longo dos 18 anos a empresa já destinou cerca de R$ 472 milhões à gestão ambiental em todo o seu período de atuação. Esse compromisso contínuo com a responsabilidade ambiental tem destacado a Portonave no cenário internacional. Entre os reconhecimentos mais recentes estão o Prêmio Marítimo das Américas , entregue no Peru, e o Selo Diamante do Programa Pró-Clima . Este último concedido exclusivamente à Companhia entre os Terminais Portuários da região Sul.

Compromisso que transforma realidades

Transformar o setor portuário foi apenas o primeiro passo. A Companhia acredita que um país desenvolvido se constrói com inclusão, educação e cuidado com as pessoas. Por isso, mantém o Instituto Portonave, que atua diretamente em associações, escolas e projetos locais, visando reduzir desigualdades. Em 2024, foram destinados R$ 10,5 milhões a ações sociais , por meio de recursos próprios e leis de incentivo fiscal, beneficiando mais de 138 mil pessoas na região.

Entre as iniciativas apoiadas estão programas que promovem formação, cultura e bem-estar, como o Embarca Aí, voltado à qualificação profissional de jovens do ensino médio; a Brigada Mirim, que oferece noções de segurança e primeiros socorros para filhos dos profissionais; o Surf sem Limites, que ensina o esporte a alunos da APAE e crianças da AMA de Navegantes; o Instituto Nadar, que viabilizou a construção de uma piscina comunitária; o Musicalizando nas Escolas, com oficinas e festivais musicais em escolas públicas; e as Aulas de Língua Portuguesa para Migrantes.

Além disso, a atuação se estende à preservação ambiental e à valorização do patrimônio local, com iniciativas como o projeto de proteção das corujas-buraqueiras, a revitalização da Gruta Nossa Senhora de Guadalupe, a inauguração do Parque das Pedreiras — primeiro mirante turístico de Navegantes — e a recuperação da área de restinga na orla do município, conforme previsto no Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD). São práticas que reafirmam o compromisso do Terminal com o equilíbrio entre crescimento e responsabilidade.

Um momento de celebração

Cada conquista ao longo dessa trajetória foi construída com o empenho de profissionais dedicados, o apoio da comunidade e a confiança de parceiros que acreditam no potencial transformador da operação portuária. Mais do que números e reconhecimentos, esse aniversário representa o fortalecimento de um legado que continua a impulsionar o desenvolvimento da região e a projetar o Brasil no cenário logístico internacional.