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Comércio entre Brasil e China ganha reforço

22 de junho de 2012
Postado por: admin

Só o comércio entre os dois países movimentou US$ 84,5 bilhões, em 2011, com saldo favorável ao Brasil.

O Brasil e a China assinarão, na próxima semana, um protocolo financeiro de crédito recíproco em moeda local, denominado swap agreement, no valor de R$ 60 bilhões – o equivalente a US$ 30 bilhões e cerca de 190 bilhões de yuans, a moeda chinesa. Só o comércio entre os dois países movimentou US$ 84,5 bilhões, em 2011, com saldo favorável ao Brasil.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os últimos detalhes do acordo estão sendo fechados. A decisão foi negociada durante reunião bilateral entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, na tarde desta quinta-feira. As conversas ocorreram no intervalo das reuniões de chefes de Estado e Governo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.

Parceria

A China é o principal parceiro comercial do Brasil superando os Estados Unidos. Mantega explicou que a medida é uma garantia de que as relações comerciais entre as duas economias não serão afetadas pela crise econômica internacional. Segundo ele, com o acordo, ambos os governos podem sacar até o limite do valor para investimentos recíprocos.

O ministro disse ainda que, no caso de um agravamento do cenário econômico mundial, que possa afetar a disponibilidade de crédito comercial, a China e o Brasil terão segurança nas transações, pois contarão com a reserva em moeda local. Mantega lembrou que o acordo com os chineses é uma precaução em relação aos impactos causados pelo agravamento da crise.

Lembrando que as exportações brasileiras para a China se concentram em commodities (bens primários com cotação no mercado financeiro), ele disse que o governo brasileiro quer aproveitar a ocasião para estimular as vendas externas também de manufaturados para os chineses. “Temos um cenário diferente no qual a situação europeia se agrava e os mercados estão travados. Isso faz com que seja mais fácil prosperar um acordo com o Brasil. Os [países] avançados vão ficar para trás e os emergentes vão avançando”, ressaltou.

Fonte: Economia SC

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