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Cresce o número de famílias endividadas, enquanto inadimplência diminui em SC

30 de maio de 2012
Postado por: admin

O percentual de famílias endividadas em Santa Catarina cresceu de abril para maio, passando de 85,2% a 88,2%. Apesar do aumento, na comparação com maio de 2011, houve queda de 2,1%. Já o percentual de dívidas ou contas em atraso apresentou diminuição tanto mensalmente (3,1%) quanto anualmente (8,6%). Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) de maio.

A Fecomércio acredita que este movimento é reflexo da timidez da atividade econômica e no consumo neste início de ano. Esta retração fez com que as famílias estivessem mais preocupadas em quitar os seus compromissos antes de assumir novas dívidas. Assim, a qualidade do endividamento do estado melhorou significativamente em diversos indicadores, como nível de endividamento, tempo de comprometimento com as dívidas, grau de comprometimento da renda, possibilidade de quitação de contas em atraso e tempo médio de atraso das contas.

Endividamento

A queda anual no número de famílias comprometidas com dívidas é resultado do aperto do crédito ao consumidor vivenciado em 2011. No entanto, esta retração foi revertida no final do ano passado, e aliada à recente política do Governo Federal para a redução dos juros e facilitação do crédito, ocasionou o aumento mensal no percentual de famílias endividadas.

Neste período, o Dia das Mães (segunda data de maior movimentação do comércio) colaborou para que os consumidores procurassem o parcelamento. A Pesquisa de Resultado de Vendas para esta data, realizada pela Fecomércio, mostrou que 45,8% dos catarinenses optaram pelo pagamento a prazo na compra dos presentes.

Das famílias que têm rendimento menor do que 10 salários mínimos 86,5% estão endividadas. No caso das famílias com rendimento superior, 97,5% estão nessa situação.

Os níveis de endividamento permaneceram praticamente inalterados em relação a abril. Mas em relação a maio de 2011, houve uma expressiva queda no percentual de famílias muito endividadas, que passou de 46,7% para 43,5%.

O tipo de dívida mais comum continua sendo o cartão de crédito (50%), seguido pelo financiamento de carros (25,5%) e os carnês (12,7%).

Em relação ao tempo de endividamento, a média de abril, que era de 5,7 meses, passou a ser 5,6 em maio. A maioria das famílias (53,4%) está comprometida com dívidas em menos de 3 meses. Em segundo lugar, estão aquelas com comprometimento maior do que um ano, provavelmente aquelas endividadas com o financiamento do automóvel.

Em maio o percentual médio de comprometimento da renda ficou em 26,6%, inferior aos 26,8% de abril. Desta forma, com um grau de comprometimento seguro e que se mantém estável ao longo dos meses, a possibilidade do alto endividamento transformar-se em uma crise de inadimplência é muito remota.

Inadimplência

À queda da percentagem de contas em atraso, que neste mês chegou a 21,1% das famílias, atribui-se uma timidez na atividade econômica deste início de ano – as famílias catarinenses estavam mais preocupadas em quitar suas dívidas antigas do que adquirir novas.

Comparando as faixas de renda, as famílias que recebem mais do que 10 salários mínimos por mês estão em melhor situação: 16% delas estão inadimplentes. Para aquelas com rendimentos menores, apesar de uma percentagem maior, o mês de maio apresenta uma melhora: 22% estão com contas atrasadas, número inferior aos 27,4% de abril. O tempo médio para o pagamento dessas dívidas é de 56 dias, valor menor do que o do mês de abril, que foi de 62 dias.

Houve também uma grande diferença em relação ao mês anterior na quantidade de inadimplentes que pretendem quitar integralmente as dívidas: de 27,8%, o indicador pulou para 43,2%. Completando o quadro, 20,7% afirmaram que vão pagar suas contas parcialmente, e 36% não conseguirão quitá-las.

A pesquisa também procurou saber as expectativas dos consumidores: 7,6% das famílias disseram que não terão condições de pagar suas dívidas futuras, percentual menor tanto em relação ao mês passado (8,5%) quanto em relação a maio de 2011 (9,3%). É mais um indicador que mostra uma melhora da situação das famílias catarinenses.

Fonte: Portal Fecomércio SC

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